segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Tia Eny

Minha alma se encontra transbordada pela tristeza.
Em meus olhos lágrimas não deixa de rolar.
Coração dilacerado
E a vida obscura
Restam-me somente as lembranças.

Sinto-me sufocada
Uma dor sem fim!
Por que a vida é assim?
Perder quem agente ama
Preciso superar a dor...
Sinto uma saudade.
Que não tem explicação...

Será a vida uma ilusão?
Por quê?
Por que você se foi!
Levarei sempre em meu coração a mulher que tu foste...
Mais porque você?
Tento descrever minha dor em rimas e versos
Por que você?
Vai lá entender...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Metade de mim

Sentimento é algo particular, difícil de explicar, difícil de fazer o outro sentir na mesma intensidade e mesma freqüência, mas raramente alguém consegue transcrever seus sentimentos em palavras, aí se abre uma janela e o sentimento tão individual torna-se acessível, universal, transferível... E viaja entre as pessoas como uma oração. A palavra proferida é a única coisa capaz de perpetuar alguém e essas palavras atingirão incontáveis gerações.
Carlêda Cassimiro 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Minha existência numa curta-metragem

Altas horas da madrugada e a chuva caia forte lá fora e o vento batia na janela, trovões estrondosos  e o medo sucumbia minha alma...
... Correr pra onde!  E chorar não iria adiantar...
Nada a me acalentar...
Fiz uma curta-metragem de minha infância onde morava em um casebre feito de adobo e lá quando chovia tudo tremia, a casa enchia d’água e mamãe lá chorava...
Eu não conseguia dormir tinha medo da casa cair, pedia a DEUS para nos livrar e a chuva acalmar, pois não agüentava mais chorar e ver a água entrar, e o medo tomavam conta do meu ser.
Mamãe fazia de tudo para não nos apavorar e com a gente ia se deitar, dizia que essa fase ia passar e que nosso sonho um dia iria se concretizar.
Essa lembrança nunca saíra de minha memória, e hoje quando chove lembro dessa história, e meu sono vai embora com a chuva que cai lá fora...
Carlêda Cassimiro

terça-feira, 26 de julho de 2011

Luxúria

Ele é estranho
Arrepia-me
E me mata de prazer

E isso é tão bom que
Vou buscando extremos
Quando chega a noite

Transponho planaltos
E ao teu lado estou a vivenciar
A plenitude do existir

O êxtase do querer me leva pra você
E como um vulcão meu corpo arde de prazer
E sou vencida pelo teu olor 

Sinto tudo o que sou tremer
Sua escrava, sua amada, enfeitiçada...
Me liberta, me possui, me domina

Transpassa-me de prazer
Ao gozo escaldante
A boca confessando ao sorrir 

Ao ser estrangeiro que me habita
Nas sombras mais puras
Ao ápice de minha própria alma

Um fantástico possuidor de loucuras
Onde não tem cura
Somente luxúria
Carlêda Cassimiro